Presidente do Equador libera posse e porte de armas no país

No último sábado (1/4), o presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou em pronunciamento na TV que a posse e o porte de armas estão autorizados no país.


Agora, os armamentos podem ser usados para “defesa pessoal, de acordo com as exigências da lei e dos regulamentos” vigentes, explicou.

Além da liberação das armas, anunciou outras duas medidas para combater o crime organizado e o tráfico de drogas. São elas:

liberou o uso de spray de pimenta para defesa pessoal;

declarou estado de emergência a partir de domingo (2/4) em 3 regiões do país mais atingidas pela criminalidade.


“Declaramos estado de emergência na zona 8, que inclui [as cidades de] Guayaquil, Durán e Samborondón, e nas províncias de Santa Elena e Los Ríos”, detalhou o presidente. “Estou tão preocupado quanto vocês com a insegurança.”

Foi criada uma operação conjunta das Forças Armadas, Polícia Nacional e Inteligência para a segurança do país. Por 70 dias, as cidades afetadas ficarão sob toque de recolher da 1h às 5h. Reuniões também estão proibidas.

“Temos um inimigo comum: a delinquência, o tráfico de drogas e o crime organizado”, justificou o presidente.

O Equador enfrenta um grave problema envolvendo o tráfico de cocaína e altos índices de violência. No ano passado, foram apreendidas mais de 200 toneladas de drogas e a taxa de homicídio foi a mais alta da história do país, de 25,3 por 100 mil habitantes.

O anúncio de sábado (1/4) foi feito depois de uma série de episódios de violência assustarem os equatorianos nos últimos dias. Os crimes incluem o abandono de uma cabeça humana em um parque e o sequestro de um homem, posteriormente liberado com explosivos presos ao corpo. O desarme do dispositivo demorou mais de 3 horas.

Paralelamente aos problemas de segurança pública, Lasso enfrenta uma crise política. No poder desde maio de 2021, o presidente é suspeito de corrupção e distribuição de cargos públicos, que o tornaram alvo de um processo de impeachment. Ele nega.

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