Violência na África do Sul se agrava, e saldo de mortos chega a 73.

Os saques e a onda de violência não acaba na África do Sul há vários dias desde a prisão do ex-presidente Jacob Zuma já provocaram 73 mortes e continuaram na tarde de ontem (14/7), apesar da mobilização de soldados do Exército para as províncias afetadas.


O primeiro-ministro da província de Gauteng anunciou que 10 pessoas morreram pisoteadas durante saques a um centro comercial em Soweto.

“A polícia descobriu dez corpos na noite de segunda-feira, de pessoas que morreram durante um corre-corre”, disse à imprensa o primeiro-ministro David Makhura.

O presidente Cyril Ramaphosa anunciou na segunda-feira o envio de tropas para auxiliar a polícia, sobrecarregada pelos protestos, e “restaurar a ordem”.

Os primeiros incidentes, com estradas bloqueadas e caminhões incendiados, aconteceram na sexta-feira, um dia depois da prisão de Zuma, condenado a 15 meses de prisão por desacato à Justiça, após não colaborar com uma investigação sobre corrupção em seu governo.


Pelo menos 1.234 pessoas já foram detidas, segundo a polícia informou na última terça-feira (13/7).

Pela manhã, dezenas de pessoas invadiram as câmaras frigoríficas do açougue Roots, na praça Diepkloof, em Souweto, e foram vistas saindo com pesadas caixas de carne congelada sobre seus ombros ou cabeças.

O ex-presidente de 79 anos, que governou entre 2009 e 2018, foi condenado por desacato à Justiça no fim de junho pelo Tribunal Constitucional, a mais alta corte do país.

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