Paquistão aprova lei que permite castração química de estupradores

O Parlamento do Paquistão aprovou na última quarta-feira (17/11), uma lei que prevê a castração química como uma das formas de punição para pessoas que cometerem estupros em série no país.


Segundo o oficial do governo, o projeto que aprovou a castração também determinava a celeridade no julgamento de suspeitos de cometer estupros e entrou em vigor ainda na quarta-feira.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, tinha anunciado ainda em 2020 que queria fazer a penalidade ser instituída nacionalmente por causa do aumento de casos de violência sexual no país. Uma das ocorrências do tipo que causou comoção nacional foi a violência cometida contra uma mãe que dirigia em uma rodovia sozinha quando foi arrastada para fora do carro e violentada por dois homens sob a mira de uma arma. De acordo com a ONG We Against Rape, apenas 3% dos suspeitos de violência sexual são condenados no país.

Essa medida, que ainda será encaminhada para a sanção do presidente Arif Alvi, gera polêmica desde setembro de 2020.

Vale ressaltar que, em dezembro de 2020, a Anistia Internacional defendeu em comunicado que a pena de castração química é “cruel e desumana” e não resolve a questão.


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